terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Divergente - Veronica Roth

DivergenteAutor(a): Veronica Roth
Editora: Rocco 
Ano de lançamento: 2012
Páginas: 502
Classificação: 

Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto.
A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é.
E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.

Comecei a ler sem grandes expectativas, pois li várias opiniões controversas sobre o livro, mas foi a maior surpresa. Divergente me deixou acordada até tarde, roendo as unhas, e terminei querendo mais. O que mais me incomodou ao terminar o livro, foi as inúmeras comparações com Jogos Vorazes. Claro, as duas trilogias são parecidas em coisas, como Distritos/Facções, uma população Revoltada/Manipulada, protagonistas fortes, e muita, muita ação. Mas as semelhanças param por aí, pelo menos, nesse primeiro volume, não achei achei as estórias tão parecidas, e ouço dizer, que talvez Divergente tenha me conquistado ainda mais.

"Há décadas nossos antepassados perceberam que a culpa por um mundo em guerra não poderia ser atribuída à ideologia política, à crença religiosa, à raça ou ao nacionalismo. Eles concluíram, no entanto, que a culpa estava na personalidade humana, na inclinação humana para o mal, seja qual for sua forma. Dividiram-se em facções que procuravam erradicar essas qualidades que acreditavam ser responsáveis pela desordem no mundo.

Os que culpavam a agressividade formaram a Amizade. Os que culpavam a ignorância se tornaram a Erudição. Os que culpavam a duplicidade fundaram a Franqueza. Os que culpavam o egoísmo formaram a Abnegação. E os que culpavam a covardia formaram a Audácia."

Beatrice Pior nasceu em uma Chicago Futurística, onde a sociedade se divide em Cinco Facções (Audácia, Amizade, Abnegação, Franqueza e Erudição). Beatrice vive na Abnegação, a Facção de seus pais, onde as pessoas valorizam o altruísmo, aos 16 anos, todos os jovens são obrigados a fazer o teste de aptidão, onde o resultado de Beatrice é inclusivo, ou seja, Divergente. É necessário que ela mantenha segredo sobre esse resultado, emborra não saiba porque. Em uma cerimonia de iniciação, ela é obrigada a escolher se quer continuar na Abnegação, ou escolher outra Facção. Beatrice surpreende a todos com sua decisão, inclusive a si mesma.


"Abro os olhos e lanço meu braço para a esquerda. O sangue pinga no carpete, entre os dois recipientes. Depois, com um suspiro que não consigo conter, lanço meu braço para a frente, e meu sangue faz as brasas chiarem. Sou egoísta. Sou corajosa."


No começo, fiquei apreensiva com a narrativa de Tris, mas foi o melhor da leitura. Ela é uma personagem corajosa, e detesta mostrar suas fraquezas. Pior ainda detesta que a julguem incapaz, e por isso se torna uma personagem realista. Ela não é hipócrita. Se você a machucar, ela pode não revidar diretamente, mas se alguém o fizer, Tris fica feliz. Tris não sabe os perigos de ser Divergente, ela só sabe que deve guardar esse segredo, é isso também é uma coisa legal no livro, nos descobrimos isso junto com a Tris. Temos Quatro também, ah... Quatro. O mocinho, é realmente um mocinho. No inicio ele parece um estranho no cenário, mas a autora vai tirando as "cascas" do personagem aos poucos.


"Alguém se ajoelha ao lado do rosto dele e fecha seus olhos. Deve ser para fazer parecer que ele está dormindo. Que idiotice. Por que as pessoas cismam em fingir que a morte é um tipo de sono? Não é. Não é."


Eu já tinha lido várias pessoas falarem como a Veronica é má, mas só lendo pude ter essa certeza. Ela não tem dó de destroçar seu coração matando um personagem querido. A única coisa que me incomodou foi o romance "repentino", que ao meu ver, não parece se enquadrar tanto na história, espero mudar de opinião nos próximos livros. O livro tem um ótimo ritmo, que te faz virar as páginas com voracidade, sem nem mesmo notar. O final me deixou muito ansiosa pelo próximo, sério Veronica, tinha mesmo que terminar na melhor parte?


"Acredito nos atos simples de bravura, na coragem que leva uma pessoa a se levantar em defesa da outra."


Pra quem gosta de muita ação e uma protagonista inteligente e corajosa, Divergente é um prato cheio, mas ainda pra quem, assim como eu, gosta de ler antes de assistir o filme, que estréia no Brasil no próximo mês. É um livro que no geral, divide opiniões, muitos amam, muitos detestam, mas acho importante que tirem suas próprias conclusões, eu mesma fui fazê-lo, e não me decepcionei. 


"[...] A sensação é de rompimento, como uma folha separada da árvore que a sustenta. Somos criaturas da perda; deixamos tudo para trás. Não tenho lar, nem caminho, nem certezas. Não sou mais Tris, a altruísta, ou Tris, a corajosa. Acho que agora terei que me tornar mais do que as duas coisa."

6 comentários :

  1. Eu necessito ler este livro logo. A cada resenha ótima que leio, como a sua, me dá mais vontade. A série já está na minha lista de compra.

    M&N | Desbrava(dores) de livros

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  2. Oi Yasmin! Eu gosto da série, no momento estou lendo Convergente e até agora o ritmo alucinante continua, Tris está mais madura e a autora conseguiu manter-se fiel a sua proposta iniciada em Divergente. Tomara que o filme seja bem adaptado.

    Bjos!!
    Cida
    Moonlight Books

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  3. Oi, Yasmin.
    Ainda não li a série, mas tenho muita vontade de ler, gostei de você mencionar que a mesma tem muita ação, um ponto que acho que vou gostar.
    http://realidadecaotica.blogspot.com.br/

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  4. Boa resenha, concordo completamente com você! Amei a série, li Divergente e Insurgente muito rápido, depois que começa não dá pra parar. Acho sem fundamento as comparações entre Divergente e Jogos Vorazes também. Se for assim, dá pra falar que todas as séries são iguais, uma vez que tem um protagonista forte, herói, que sempre resolve todos os problemas...
    Mas o fato de Verônica ser má é realmente verdade, ela mata muuuito ao longo da série! Quem vai ler precisa estar preparado para perder personagens queridos

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  5. Esse ano TENHO que ler esse livro!!!Minha amiga vive me falando dele
    Bjs
    http://eternamente-princesa.blogspot.com.br/

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  6. Olá:)
    Sou louca pra ler esse livro, amo distopias, acho que podemos refletir bastante com elas. Ótima resenha!
    Beijinhos
    www.my--bookshelf.blogspot.com

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Beijinhos
Yasmin