Editora: Dracaena
Ano de lançamento: 2013
Páginas: 832
Classificação: 

*Livro enviado como cortesia pela Autora Parceira
Disponível na Saraiva, Siciliano e Cia dos Livros. — Ninguém sabe exatamente quais são os critérios de seleção da Escola Avançada de Champ-Bleux, mas não há como discutir sua eficácia. Seus exames de ingresso não erram nunca! Entre milhares de candidatos de todos os pontos da Terra, apenas duzentos e cinquenta são escolhidos a cada semestre. E, num mundo onde ser cientista é o maior status que alguém pode desejar, a Escola Avançada de Champ-Bleux forma aqueles que são disputados a peso de ouro. Doris e Henry Melbourne são cientistas formados por Champ-Bleux. Aparentemente, são biólogos marinhos. Aparentemente, suas vidas se centram no Cisne, barco de pesquisas onde moram com os filhos. E, também aparentemente, são terráqueos... Seus filhos acreditam em todas essas aparências – ao menos por enquanto. Seguindo os passos dos pais, os jovens Melbourne fizeram os exames de ingresso para Champ-Bleux. Enquanto, cheios de expectativa, aguardam os resultados para saber se ao menos um deles entrou na Escola Avançada, veem-se envolvidos numa questão diplomática entre Terra e Tarilian, o único outro mundo habitado que os terráqueos conhecem. Inesperadamente, o futuro das relações entre os dois mundos vai ser decidido em um barco no meio do oceano! Mal sabem eles que isso é apenas o começo... Logo precisarão decidir pela Terra inteira!
Cisne pode ser considerado enorme por muita gente – até
mesmo por mim, pra ser sincera. Mas quando li me perdi nas páginas de um jeito
tão inimaginável que quando acabei, parecia que todas aquelas 832 páginas não
eram o bastante para suprir minha vontade de mais. Cisne não é um livro
qualquer. Ele é um livro inteligente, muito bem construído, com personagens
cativantes e apesar da quantidade de páginas a autora não perdeu o foco, ela
continuou mantendo a história em um ótimo ritmo, com uma narrativa fácil de ler
e de encantar qualquer leitor.
"Olhou o céu negro, pontilhado de estrelas sem fim. Parecia poeira luminosa. Olhou o mar, tão negro quanto o céu. Não havia limite entre céu e mar. Não havia distância naquele negrume. Não havia nada. Era como estar fora do mundo... ou nem haver mais mundo. Só o Cisne."
Os Melbourne são uma família que vive a bordo do barco
Cisne. Ela é formada por Doris e Henry – dois cientistas famosíssimos em todo o
mundo, os gêmeos Tim e Tom, os também gêmeos Ted e Teo, Pam, Lis, o pequeno
Bobby e Peggy que foi adotada pelos cientistas. Quando a maioria (exceto Bobby)
já tem idade o suficiente para entrar na escola Champ-Bleux – a melhor de todo
o planeta. Mas isso é só o início, várias coisas ainda estão por vir.
''Terráqueos não toleravam tarilianos. Tarilianos não toleravam terráqueos. Um rivalidade inútil havia surgido e parecia ter vindo ficar.''
No inicio fiquei confusa com os vários personagens, que
tinham nomes bem parecidos, mas depois de ler, isso se tornou a coisa que eu
mais gostei. A autora constrói os personagens de uma forma impecável, e é bem
evidente que ela se importou muito em criar as personalidades, mostrando
defeitos e qualidades, tornando-os ainda mais cativantes e encantadores. Os
meus favoritos foram Peggy e Tim, são impossíveis de não amar. Uma coisa que me incomodou bastante foi o tamanho, é um livro, literalmente, enorme, e não é o tipo fácil de locomover, mesmo assim, é um fato que se pode deixar passar.
''Não seriam nossos filhos se achassem que debaixo de asas é lugar de viver a vida toda. Vai ser difícil e vai doer um bocadinho, mas eles vão descobrir que os laços entre eles são mais fortes do que qualquer distância. Vão sobreviver.”
Posso considerar Cisne uma das obras mais inteligentes que eu
já li, os fatos são bem construídos, a narrativa é fácil e cativante e é com
certeza um livro nacional que dá orgulho de dizer que veio daqui, tão bom
quanto vários estrangeiros por aí. A autora caprichou muito na construção da
obra, dos personagens e dos mistérios. Eu demorei um pouco para entrar de verdade na leitura, confesso. Até mais ou menos a página 200 eu ainda não tinha achado nada de atrativo e um pouco arrastada. Mas depois disso a história começa a ficar melhor, e ganhar uma verdadeira identidade. Então digo, se você pegou Cisne para ler, e empacou nas primeiras páginas, tente insistir. Você pode se surpreender, assim como aconteceu comigo.
“Que os sonhos fossem grandes o bastante.
Que os corações fossem realmente generosos.
Que pensassem, enquanto fosse possível, que estavam somente vivendo suas vidas... Porque um dia descobriram que estavam vivendo a vida de todo aquele mundo!
Um dia, eles saberiam: A esta geração, todas as decisões”.
Estou roendo as unhas pelo próximo volume da série,
recentemente lançado. Elounor com certeza se tornou uma das minhas autoras
nacionais favoritas, e Cisne (não exagero ao dizer) entrou na lista dos meus
favoritos também. Não se assuste pelo tamanho, afinal, quando você acabar, pode
ficar assim como eu: Precisando de mais. Embarque nessa aventura!
"Fazer rir não era fácil, ele disse, porque as pessoas se ofendiam com muita facilidade. O dom era saber distinguir a palavra certa da palavra desastrosa, o caminho certo do caminho errado; em resumo, separar o que ia dar certo do que não ia funcionar."