Gênero: Drama/Romance
Direção: Sam Mendes
Elenco: Leonardo DiCaprio, Kate Winslet
Tempo: 119min
Título Original: Revolutionary Road
Lançamento: 2008
April (Kate Winslet) e Frank Wheeler (Leonardo DiCaprio) são um casal jovem que vive no subúrbio de Connecticut com seus dois filhos na década de 1950. A máscara da auto-segurança esconde a enorme frustração que sentem por não serem completos em seu relacionamento ou na carreira. Determinados a conhecerem a si mesmos, eles decidem se mudar para a França. Mas o relacionamento começa a corroer em um ciclo infinito de brigas, ciúmes e recriminações, e a viagem e seus sonhos correm grandes riscos de acabar.
A princípio, o filme chama atenção pelo casal de protagonistas. Leonardo DiCaprio e Kate Winslet contracenam juntos mais uma vez, mas em uma obra completamente diferente de Titanic. Ao invés de Jack e Rose, são Frank e April, um casal típico dos anos 50, dividido entre as responsabilidades do monótono dia-a-dia e o sonho de mudar completamente isso, para se conseguir a vida que realmente querem. O filme é muitas vezes angustiante, repleto de discussões fortes e realistas, que nos fazem refletir bastante. Um roteiro magnificamente construído.
Se alguém ainda tinha dúvidas do talento de DiCaprio, esse filme foi (mais um) para calar a boca dessas pessoas. Ele realmente merece uma estatueta. E Kate não fica para trás. O filme inteiro, ela mantém a personagem incrível e eu me surpreendi muito quando ela foi capaz de mostrar muito mais em um final chocante, digno de prêmios. E apesar de tudo, o casal de protagonista tem muita química, o que dispensa elogios. O interessante é que, na maioria das vezes, nem são necessárias falas, os olhares dos personagens falam por si. Michael Shannon, que faz um coadjuvante incrível, também é uma atuação magnifica, e não é só por conta da complexidade de interpretar um personagem louco, mas sim porque ele consegue deixar nossos olhos cravadas na tela nas poucas cenas em que aparece.
No filme inteiro, é possível sentir a angústia que ambos os personagens tem, e o desgostos desses por suas vidas. É um filme, sem dúvidas, para sentir o personagem. O bom é que o filme vai muito além do casal principal. Temos também a vida de outras pessoas ligadas aos protagonistas, pessoas que imaginam que a vida de ambos é perfeita, mesmo que seja bem longe disso. Se alguém já conhece o trabalho do diretor, Sam Mendes (famoso por Beleza Americana), com certeza vai gostar ainda mais do filme, como vi várias pessoas alegarem, e se não conhecem (assim como eu), vão ficar curiosos para saber mais.
A fotografia é intensa, como tudo que compõe o filme. O cenário é perfeitamente anos 50, junto com a trilha sonora. O triste é que muitas pessoas deixam de apreciar essa obra por ela ser muito "parada". Sim, o filme é longo, e as coisas realmente começam a acontecer mais para o final, mas tenho que dizer que vale totalmente a pena. E apesar do que a capa sugere, está bem longe de ser um romance, na verdade, é um retrato realista e cruel de um relacionamento "morto". Um drama incrível, perfeitamente dirigido, com diálogos carregados de intensidades, com a intensão de fazer repensar, e de fato, consegue.
Oi Val!
ResponderExcluirAssisti esse filme há muito tempo (pouco depois do lançamento) e já não lembro de muitos dos detalhes que você mencionou na resenha, mas sem dúvida as atuações estão ótimas. Lembro de ter gostado muito do filme. Uma história impactante e diferente das que costumamos ver.
Beijos
alemdacontracapa.blogspot.com