domingo, 29 de junho de 2014

Sentados no Sofá: Ela

Ela (Her) - Poster / Capa / CartazGênero: Drama/Romance
Direção:  Spike Jonze
Elenco: Joaquim Phoenix, Scarlett Johansson, Amy Adams
Tempo: 125min
tulo Original: Her
Lançamento: 2013

Em um futuro próximo na cidade de Los Angeles, Theodore Twombly (Joaquin Phoenix) é um homem complexo e emotivo que trabalha escrevendo cartas pessoais e tocantes para outras pessoas. Com o coração partido após o final de um relacionamento, ele começa a ficar intrigado com um novo e avançado sistema operacional que promete ser uma entidade intuitiva e única. Ao iniciá-lo, ele tem o prazer de conhecer “Samantha”, uma voz feminina perspicaz, sensível e surpreendentemente engraçada. A medida em que as necessidades dela aumentam junto com as dele, a amizade dos dois se aprofunda em um eventual amor um pelo outro.

"Ela" era o filme da temporada do Oscar pelo qual eu estava mais curiosa. Ainda mais quando ele levou a estatueta de Melhor Roteiro Original. E não é para menos, o roteiro é belíssimo... aliás, todo o filme é muito belo. A forma sensível e linda com qual o amor é tratado, é encantadora. É difícil descrever esse filme, porque todas as situações são narradas de uma forma tão sensível, e a fotografia é tao delicada, os diálogos são intensos e reais. Totalmente encantador.

O interessante, é a mistura perfeita que o filme tem entre romance e ficção. O elenco também está de se encantar. Joaquim consegue passar toda a angústia e paixão de Theodore, um personagem muito solitário, e muitas vezes faz com que esquecemos que aquilo não é real, e que ele está, na verdade, interpretando alguém. Scarlett, embora não apareça, é a dona da voz de Samantha, e através de sua voz, conseguimos sentir todos os sentimentos da personagem.

Desde o início, Ela chama atenção por ser diferente, sensível, inteligente e nos fazer questionar coisas e sentimentos dentro de nós mesmos. Estatueta mais do que merecida, atuações maravilhosas, fotografia sensível, roteiro intenso e delicado. Várias são os sentimentos que esse filme consegue transmitir. Genialmente belo. Tão belo, que deveria ser um crime não ser assistido. 

quinta-feira, 26 de junho de 2014

A Escolha - Kiera Cass

A Escolha
Contém Spoilers dos primeiros livros da Trilogia 

Autor(a): Kiera Cass
Editora: Editora Seguinte
Ano de lançamento: 2014
Páginas: 352
Classificação:  

A Seleção mudou a vida de trinta e cinco meninas para sempre. E agora, chegou a hora de uma ser escolhida. America nunca sonhou que iria encontrar-se em qualquer lugar perto da coroa ou do coração do Príncipe Maxon. Mas à medida que a competição se aproxima de seu final e as ameaças de fora das paredes do palácio se tornam mais perigosas, América percebe o quanto ela tem a perder e quanto ela terá que lutar para o futuro que ela quer. Desde a primeira página da seleção, este best-seller #1 do New York Times capturou os corações dos leitores e os levou em uma viagem cativante ... Agora, em A Escolha, Kiera Cass oferece uma conclusão satisfatória e inesquecível, que vai manter os leitores suspirando sobre este eletrizante conto de fadas muito depois da última página é virada.

Depois de me decepcionar com A Elite, minhas expectativas para A Escolha não eram tão grandes. Eu estava curiosa, mas não ansiosa. Essa semana ganhei de aniversário de um amigo, e decidi passá-lo na frente dos outros, pelo grande burburinho que ele vem causando na blogosfera e pelos comentários positivos. Bastou uma sentada para que eu passasse da metade de A Escolha, virando as páginas sem perceber. O livro já começa com um ritmo de tirar o fôlego. E não é para menos, afinal, esse livro deveria explicar as perguntas que vinhamos nos fazendo desde o começo da trilogia, e admito que essa era uma das minhas maiores preocupações. Não tinha certeza de que a autora conseguiria explicar tudo em pouco mais de 300 páginas. 

Lute America, Você talvez não queria lutar pelas mesmas coisas que a maioria deseja, como dinheiro e sucesso. Ainda assim, lute. Não importa o que você deseja, America, vá atrás com todas as suas forças.

Me surpreendendo, a autora conseguiu se sair incrivelmente bem. Claro, ainda ficaram algumas perguntas no ar, pontinhas soltas que incomodam, mas o mais importante, a história principal, Kiera conseguiu resolver muito bem. Ela também coloca algumas surpresas no meio, e várias vezes fiquei com cara de "Como assim?!", o que é claro, só deixa a história ainda melhor. Celeste, por exemplo, foi uma das melhores surpresas. Bem no fundo, eu sempre gostei do jeito "sou Diva mesmo e não ligo pra você" dela, e esse livro só serviu para reforçar o meu sentimento pela personagem ( *lágrimas*), mesmo que eu ache um pouco estranho essa mudança enorme na personagem, assim, tão de repente.

Apesar de America ainda me irritar algumas vezes, não foi nada perto do sentimento que tive por ela em A Elite. Nesse livro ela está mais decidida sobre o que quer, e apesar de algumas pontinhas de hesitação, a personagem está mais centrada. Pelo menos o bastante para sair um pouquinho daquele "não sei com quem eu vou ficar" que tanto me irritou no livro anterior. Maxon também se mostrou muito mais maduro. Ele finalmente começa a se impor, e são vários os momentos que me fizeram suspirar. Aspen, que sempre achei muito sem graça, também ganhou um bom espaço (o suficiente para se posicionar um pouco na história) e eu não poderia ficar mais feliz com o desfecho do triangulo amoroso escolhido pela autora.

- Ficamos próximos, mas então acontece algo que nos afasta. E você nunca parece capaz de tomar uma decisão. Se você me quer tanto quanto diz, por que isso aqui ainda não acabou?
- Porque em metade do tempo eu tinha certeza de que você amava outra pessoa e, na outra, duvidava que você fosse me amar um dia

As últimas cem páginas me deixaram angustiada. Não só pelas reviravoltas repentinas, mas principalmente pelo banho de sangue. Já tinha lido sobre isso em algumas resenhas e até pegado alguns Spoilers de quem daria bye bye para a história, mas certamente não estava preparada para isso. A autora matou muita gente, e isso me incomodou. As mortes são rápidas, sem detalhes e principalmente, uma atrás da outra, ou seja, não dá nem tempo de sentir o choque da perda, porque outra pessoa já morre em seguida.

A narrativa da Kiera sempre foi algo que me agradou muito (apesar da America me dar nos nervos algumas vezes). A autora consegue conduzir a estória de forma que viramos as páginas rapidamente. Eu mesma não consegui parar até que tivesse terminado. Apesar de eu achar que teria muito mais distopia nesse livro, ela não foi totalmente explorada. A distopia é apenas o plano de fundo para a história, mas fica bem longe de ser o tema principal, então não tenha expectativas em relação a isso. Temos muito romance, o que sempre foi uma marca da autora e que deixa a história toda fofa *suspiro*.

A capa é lindíssima, devo ressaltar. Segue o padrão das outras duas (que eu amo) e as três combinam perfeitamente na estante. A diagramação também está perfeita, sem erros na revisão, com as coroas fofas no inicio do capítulo e a fonte em um tamanho bom para se ler sem cansar. O título traduzido também foi uma ótima escolha (trocadilho tosco hahaha). O livro não se trata só da escolha do Maxon, mas sim da escolha de todos os protagonistas, escolhas que movem e mudam a história a todo o momento.

É difícil terminar uma trilogia e dar adeus a personagens (por mais que eu quisesse estrangula-los em vários momentos) que se tornaram amigos ao decorrer da leitura. E apesar de ter sido cheia de altos e baixos, e estar longe de ser uma das minhas favoritas, sempre vou falar da trilogia A Seleção me sentindo satisfeita por (mesmo que em apenas três livros) a autora ter sido capaz de encher minha cabeça com uma história de amor que vai muito além do tão conhecido "Felizes para Sempre...". Termino esta resenha (e a trilogia) com o coração pesado e um sorriso no rosto. 

Tchau, Maxon. Tchau, America. Vou sentir saudades de vocês, apesar de tudo.

terça-feira, 17 de junho de 2014

O Guardião - Nicholas Sparks

O Guardião
Autor(a): Nicholas Sparks
Editora: Arqueiro
Ano de lançamento: 2013
Páginas: 344
Classificação: 

Quarenta dias após a morte de seu marido, Julie Barenson recebe uma encomenda deixada por ele. Dentro da caixa, encontra um filhote de cachorro dinamarquês e um bilhete no qual Jim promete que sempre cuidará dela. Quatro anos mais tarde, Julie já não pode depender apenas da companhia do fiel Singer, o filhotinho que se tornou um cachorro enorme e estabanado. Depois de tanto sofrimento, ela enfim está pronta para voltar a amar, mas seus primeiros encontros não são nada promissores. Até que surge Richard Franklin, um belo e sofisticado engenheiro que a trata como rainha. Julie está animada como havia muito tempo não sentia, mas, por alguma razão, não consegue compartilhar isso com Mike Harris, seu melhor amigo. Ele, por sua vez, é incapaz de esconder o ciúme que sente dela. Quando percebe que o desconforto diante de Mike é causado por um sentimento mais forte que a amizade, Julie se vê dividida entre esses dois homens, ela tem que tomar uma decisão. Só que não pode imaginar que, em vez de lhe trazer felicidade, essa escolha colocará sua vida em perigo. O Guardião contém tudo o que os leitores esperam de um romance de Nicholas Sparks, mas dessa vez ele se reinventa e acrescenta um novo ingrediente à trama: páginas e mais páginas de suspense.

Que Nicholas Sparks é bom em escrever romances melosos para mulheres morrerem de chorar comendo chocolate todo mundo sabe, mas acrescente uma boa dose de suspense a essa mistura. Será que isso dá certo? E aqui vai a resposta, minha gente, dá muito certo. E se eu já tinha ideia disso lendo Um Porto Seguro, foi só terminar O Guardião para que isso se tornasse uma certeza. O cara é realmente bom no que faz, e misturar romance com suspensa só faz com que as páginas passem mais rapidamente e que ficamos sem fôlego e é claro, sem unhas (eu deveria cobrar uma manicure por todas as vezes que titio Sparks me deixou dessa forma). E no final, não teve como não terminar em lágrimas.

Após quarenta dias da morte do marido, Julie recebe uma caixa com um filhote de cão dinamarquês dentro, e junto desse, uma carta do marido, dizendo que mesmo longe, estará sempre protegendo-a. Se passam quatro anos, e Julie finalmente se sente forte para começar um novo relacionamento. Depois de sair com vários caras e quase desistir, ela conhece Richard, um homem aparentemente perfeito. Mas Mike, seu melhor amigo, que é totalmente apaixonado por ela, não consegue gostar de Richard e muito menos Singer, seu já crescido cão. Julie então passa a descobrir sentimentos até então desconhecidos por Mike, e precisa fazer uma escolha, uma escolha que pode colocar sua vida em perigo.

E não se preocupe. De onde estiver, cuidarei de você. Serei seu anjo da guarda. Pode contar comigo para protegê-la

Ainda tem muito "amor meloso", o que é a característica (que eu amo, admito) do Sparks. Mas a medida em que ele vai acrescentando suspense, tudo vai ficando cada vez melhor, especialmente as cem últimas páginas, que para mim, foram impossíveis de largar. A escrita de Sparks vêm evoluindo muito, e confesso que ele me surpreendeu bastante nesse livro. É tudo simples, mas mesmo assim ele dá muita emoção as páginas. Os personagens também são no já conhecido estilo Sparks, mas ele consegue criar outros bem mais complexos, como Richard, e alguns que eu gostaria que tivessem mais espaço, como Jennifer. Mais uma vez o autor aposta na terceira pessoa, o que eu achei uma boa jogada, já que assim temos uma visão maior de todos os personagens e da história em si, o que parecia ser o objetivo. 

A capa também segue o padrão dos livros do autor, e encontrei poucos erros, nada que atrapalhasse muito a história. Apesar de ter me lembrado um pouco Um Porto Seguro, eu diria que isso foi somente no teor suspense, já que em todo o resto o autor consegue criar uma história original e de tirar o fôlego. E o interessante, é que ele também trabalha o relacionamento entre animais de estimação, o que eu achei diferente, e fofo. O título foi uma boa sacada, apesar de no meio eu já ter descoberto (hehe).

Mesmo tendo chorado no fim e amaldiçoado até a quinta geração do Nicholas por ele, admito que eu adorei. Não entrou pros meus favoritos do autor, mas me deixou emocionada. Pode não surpreender muito quando se trata do final, mas realmente foi ótimo para conhecermos um lado mais sombrio de Nicholas escrever. E eu realmente espero que ele trabalhe mais esse lado. 

"O mundo fica melhor quando você sorri"

domingo, 15 de junho de 2014

Sentados no Sofá: Foi Apenas um Sonho

Foi Apenas um Sonho (Revolutionary Road) - Poster / Capa / Cartaz
Gênero: Drama/Romance

Direção:  Sam Mendes
Elenco: Leonardo DiCaprio, Kate Winslet
Tempo: 119min
tulo Original: Revolutionary Road
Lançamento: 2008

April (Kate Winslet) e Frank Wheeler (Leonardo DiCaprio) são um casal jovem que vive no subúrbio de Connecticut com seus dois filhos na década de 1950. A máscara da auto-segurança esconde a enorme frustração que sentem por não serem completos em seu relacionamento ou na carreira. Determinados a conhecerem a si mesmos, eles decidem se mudar para a França. Mas o relacionamento começa a corroer em um ciclo infinito de brigas, ciúmes e recriminações, e a viagem e seus sonhos correm grandes riscos de acabar.


A princípio, o filme chama atenção pelo casal de protagonistas. Leonardo DiCaprio e Kate Winslet contracenam juntos mais uma vez, mas em uma obra completamente diferente de Titanic. Ao invés de Jack e Rose, são Frank e April, um casal típico dos anos 50, dividido entre as responsabilidades do monótono dia-a-dia e o sonho de mudar completamente isso, para se conseguir a vida que realmente querem. O filme é muitas vezes angustiante, repleto de discussões fortes e realistas, que nos fazem refletir bastante. Um roteiro magnificamente construído.

Se alguém ainda tinha dúvidas do talento de DiCaprio, esse filme foi (mais um) para calar a boca dessas pessoas. Ele realmente merece uma estatueta. E Kate não fica para trás. O filme inteiro, ela mantém a personagem incrível e eu me surpreendi muito quando ela foi capaz de mostrar muito mais em um final chocante, digno de prêmios. E apesar de tudo, o casal de protagonista tem muita química, o que dispensa elogios. O interessante é que, na maioria das vezes, nem são necessárias falas, os olhares dos personagens falam por si. Michael Shannon, que faz um coadjuvante incrível, também é uma atuação magnifica, e não é só por conta da complexidade de interpretar um personagem louco, mas sim porque ele consegue deixar nossos olhos cravadas na tela nas poucas cenas em que aparece. 

No filme inteiro, é possível sentir a angústia que ambos os personagens tem, e o desgostos desses por suas vidas. É um filme, sem dúvidas, para sentir o personagem. O bom é que o filme vai muito além do casal principal. Temos também a vida de outras pessoas ligadas aos protagonistas, pessoas que imaginam que a vida de ambos é perfeita, mesmo que seja bem longe disso. Se alguém já conhece o trabalho do diretor, Sam Mendes (famoso por Beleza Americana), com certeza vai gostar ainda mais do filme, como vi várias pessoas alegarem, e se não conhecem (assim como eu), vão ficar curiosos para saber mais. 

A fotografia é intensa, como tudo que compõe o filme. O cenário é perfeitamente anos 50, junto com a trilha sonora. O triste é que muitas pessoas deixam de apreciar essa obra por ela ser muito "parada". Sim, o filme é longo, e as coisas realmente começam a acontecer mais para o final, mas tenho que dizer que vale totalmente a pena. E apesar do que a capa sugere, está bem longe de ser um romance, na verdade, é um retrato realista e cruel de um relacionamento "morto". Um drama incrível, perfeitamente dirigido, com diálogos carregados de intensidades, com a intensão de fazer repensar, e de fato, consegue. 

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Divulgado o Trailer de "O Melhor de Mim" adaptação do livro de Nicholas Sparks

O Melhor de Mim é um dos meus livros favoritos do Nicholas Sparks, e olha que eu sou muito fã do autor. Fui pega de surpresa quando o Trailer saiu essa semana. O filme deve ser lançado ainda esse ano, e devo dizer que estou bem ansiosa. Confira aqui o Trailer:


Sinopse: Na primavera de 1984, os estudantes Amanda Collier e Dawson Cole se apaixonaram perdidamente. Embora vivessem em mundos muito diferentes, o amor que sentiam um pelo outro parecia forte o bastante para desafiar todas as convenções de Oriental, a pequena cidade em que moravam. Nascido em uma família de criminosos, o solitário Dawson acreditava que seu sentimento por Amanda lhe daria a força necessária para fugir do destino sombrio que parecia traçado para ele. Ela, uma garota bonita e de família tradicional, que sonhava entrar para uma universidade de renome, via no namorado um porto seguro para toda a sua paixão e seu espírito livre. Infelizmente, quando o verão do último ano de escola chegou ao fim, a realidade os separou de maneira cruel e implacável. Vinte e cinco anos depois, eles estão de volta a Oriental para o velório de Tuck Hostetler, o homem que um dia abrigou Dawson, acobertou o namoro do casal e acabou se tornando o melhor amigo dos dois. Seguindo as instruções de cartas deixadas por Tuck, o casal redescobrirá sentimentos sufocados há décadas. Após tanto tempo afastados, Amanda e Dawson irão perceber que não tiveram a vida que esperavam e que nunca conseguiram esquecer o primeiro amor. Um único fim de semana juntos e talvez seus destinos mudem para sempre. Num romance envolvente, Nicholas Sparks mostra toda a sua habilidade de contador de histórias e reafirma que o amor é a força mais poderosa do Universo - e que, quando duas pessoas se amam, nem a distância nem o tempo podem separá-las.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

A Culpa é das Estrelas - John Green

A Culpa é das EstrelasAutor(a): John Green
Editora: Intrínseca
Ano de lançamento: 2012
Páginas: 288
Classificação: 

A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas.

Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar. 

Apesar de ter lido este livro a bastante tempo, só agora me veio a coragem para resenha-lo. Apesar de ter amado, não consegui encontrar as palavras para descrever todo o sentimento que ele conseguiu me passar. E é aproveitando o gás do filme (que lança amanhã), que eu finalmente tomei coragem para escrever esta resenha. 

“Faltando pouco para eu completar meu décimo sétimo ano de vida minha mãe resolveu que eu estava deprimida, provavelmente porque quase nunca saía de casa, passava horas na cama, lia o mesmo livro várias vezes, raramente comia e dedicava grande parte do meu abundante tempo livre pensando na morte.”

A Culpa é das Estrelas, é sem dúvidas nenhuma, o livro mais badalado do momento. Além de ser um dos mais postados nas redes sociais, vêm incentivando positivamente a leitura para os jovens desta geração. Vi amigos meus que nunca que tinham tocado em um livro se interessarem por ACÉDE, lerem este e gostarem. Agora, tenho orgulho de dizer que eles se tornaram leitores assíduos. Com uma escrita inteligente, bem humorada e com uma pequena pitada de drama (que me fez chorar horrores nas últimas páginas), John Green se torna um dos escritores mais queridos da atualidade.

Você com certeza já viu essa história em algum lugar. Em algum filme, livro, música. Ela não é nem uma novidade. O que explica o sucesso estrondoso dessa obra então? Os personagens, frases de efeitos, narrativa irônica, ácida, o realismo imposto em tudo. A filosofia e as metáforas que o livro transpira. As passagens que nos fazem suspirar, e aquelas que nos fazem chorar. O livro inteiro, foi muito bem trabalhado pelo autor, e o sucesso é apenas uma consequência da dedicação enorme deste.

"Esse é o problema da dor – o Augustus disse, e aí olhou pra mim. ─ Ela precisa ser sentida".

Hazel é uma protagonista forte. Ela se acostumou com a sua doença e com o fato de que vai acabar morrendo, mas mesmo assim, tenta ser o mais forte possível para os seus pais. Essas, para mim, são uma das partes mais emocionantes do livro. O relacionamento de Hazel com a mãe e o pai várias vezes deixou os meus olhos marejados, e imagino que se fosse comigo, não seria muito diferente. Gus realmente dispensa comentários. Ele é aquele protagonista que me fez ficar encantada e sofrendo por não existir na vida real. Seu humor inteligente e frases memoráveis me emocionaram sem igual.A escrita de John é muito cativante. Virei a noite lendo, porque quando peguei, realmente não quis largar. 

A Culpa é das Estrelas é emocionante, belo e tocante, mas mesmo assim, as expectativas podem prejudicar. Da mesma forma que conheço pessoas que leram e amaram, conheço pessoas que leram e não entenderam o porquê de tanto "auê", mas isso pode acontecer com qualquer livro, até mesmo os menos conhecidos. Markus Zusak não podia ter mais razão ao dizer que "Você vai rir, vai chorar, e ainda vai querer mais". 

“Meus pensamentos são estrelas que eu não consigo arrumar em constelações.”

domingo, 1 de junho de 2014

Sentados no Sofá: Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças

Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (Eternal Sunshine of the Spotless Mind) - Poster / Capa / CartazGênero: Drama/Romance
Direção:  Michel Gondry
Elenco: Jim Carrey, Kate Winslet, Kirsten Dunst, Mark Ruffalo
Tempo: 108min
tulo Original: Eternal Sunshine of the Spotless Mind
Lançamento: 2004

Ao descobrir que sua ex-namorada se submeteu a um tratamento experimental para apagá-lo de suas lembranças, Joel decide passar pelo mesmo processo. Porém, durante a experiência, ele percebe que não quer esquecê-la.

Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças é um dos meus filmes favoritos. Não é exagero eu dizer que é praticamente uma obra de arte filmada. Sensível, belo, com um toque cômico extremamente encantador, misturado com atuações magnificas, que dão incrivelmente certo. O roteiro é inovador, apesar de confuso, mas a mensagem é bela se entendida.

A principal surpresa é Jim Carrey. Se você espera as típicas caretas dos filmes batidos de comédia, passe longe. Sua atuação é inovadora e surpreendente, muito diferente do que estamos acostumados a assistir. Gostaria muito de vê-lo interpretar outros dramas. Kate brilha, sem exageros. Ela se entrega de um jeito incrível ao papel, uma das suas melhores atuações. Kirsten, para uma coadjuvante também rouba a cena, junto com Elijah, Mark Ruffalo é um dos meus atores favoritos, mas é ofuscado pelo papel de todos os outros, que estão excepcionais.

As cores são mostradas de forma intensa, o que só aumenta a sensibilidade imposta pelo filme. A mensagem fica imposta, fazendo com que refletimos ao longo, e ao final do filme. Não quero me estender muito, pois acho que a premissa em si já fala mais do que eu sou capaz de dizer, só quero reforçar que é, com certeza um dos romances mais belos já interpretado e criado pela sétima arte. Muito bem elaborado e trabalhado, pode até parecer massante em determinadas passagens, mas vale a pena. Incrivelmente belo.

''Quão feliz é o destino de um inocente sem culpa. O mundo em esquecimento pelo mundo esquecido. Brilho eterno de uma mente sem lembranças. Cada orador aceito e cada desejo renunciado.''